SECRETARIA
DO TRIBUNAL PLENO, ÓRGÃO ESPECIAL E SEÇÕES
ESPECIALIZADAS
ATA
NÚMERO 495 (QUATROCENTOS E NOVENTA E CINCO) DA SESSÃO
ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL PLENO, REALIZADA NO DIA 15 (QUINZE) DO MÊS
DE JUNHO DO ANO DE 2023 (DOIS MIL E VINTE E TRÊS).
Aos
quinze dias do mês de junho do ano de dois mil e vinte e três,
às treze horas e vinte e cinco minutos, foi aberta a sessão
administrativa presencial do Tribunal Pleno do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, realizada de
forma híbrida, onde se achavam presentes os
Exmos. Srs. Desembargadores Federais Guilherme Calmon (Presidente),
Leticia De Santis Mello (Corregedora Regional), Paulo Espirito Santo,
Vera Lúcia Lima, Sergio
Schwaitzer, André
Fontes, Reis Friede,
Luiz Antonio Soares,
Ferreira Neves,
Luiz Paulo Araújo, Guilherme
Diefenthaeler,
Marcus
Abraham, Marcelo
Pereira da Silva, Ricardo
Perlingeiro, Cláudia Neiva, Simone Schreiber,
Theophilo
Miguel, William Douglas, Flávio Lucas, Mauro Braga, Carmen
Silvia Lima de Arruda, Paulo Pereira Leite Filho, Firly Nascimento
Filho, Andréa Cunha Esmeraldo e Wanderley Sanan Dantas. Os
Desembargadores Vera Lúcia Lima, Sergio Schwaitzer, Ferreira
Neves,
Paulo
Pereira Leite Filho e Firly Nascimento Filho participaram da sessão
de forma remota, por meio de videoconferência. Ausente, por
motivo de férias, o Desembargador Federal Poul Erik Dyrlund.
Ausentes, justificadamente, os Desembargadores Federais Aluisio
Mendes (Vice-Presidente), Guilherme Couto de Castro, Marcello
Granado,
Alcides Martins, e Alberto Nogueira Júnior. Licenciado, o
Desembargador Federal José Antonio Neiva.
Presente,
ainda, o Exmo. Procurador Regional da República da 2ª
Região, Dr. Mauricio Manso. Foi aprovada a ata da sessão
anterior, realizada no dia 29.05.2023.
DELIBERAÇÕES
-
OFÍCIO
CIRCULAR Nº TRF2-OCI-2023/00043 - ASSUNTO: ELEIÇÃO
PARA COMPOSIÇÃO DO ÓRGÃO ESPECIAL -
RELATOR: EXMO. SR. PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON
–
DECISÃO:
Decidem
os membros do Tribunal Regional Federal da 2ª Região,
eleger, por aclamação, a Excelentíssima
Desembargadora Federal Carmen Silvia Lima de Arruda para integrar,
como titular, a composição do Órgão
Especial, no biênio 2023/2025, tendo em vista a assunção,
pelo critério de antiguidade, do Desembargador Federal
Guilherme Calmon ao Órgão Especial, em razão da
aposentadoria do Desembargador Federal Antonio Ivan Athié.
Ausente, por motivo de férias, o Desembargador Federal Poul
Erik Dyrlund. Ausentes, justificadamente, os Desembargadores Federais
Aluisio Mendes (Vice-Presidente), Guilherme Couto de Castro, Marcello
Granado, Alcides Martins, e Alberto Nogueira Júnior.
Licenciado, o Desembargador Federal José Antonio Neiva.
PROCESSO
ADMINISTRATIVO TRF2-PES-2023/00777- ASSUNTO: ELEIÇÃO DA
COMISSÃO ORGANIZADORA E EXAMINADORA DO XVIII CONCURSO PÚBLICO
PARA JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 2ª REGIÃO -
RELATOR: EXMO. SR. PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON
– Adiada
a escolha para próxima sessão Plenária, a ser
realizada no do dia 06 de julho do corrente ano, tendo a
Desembargadora Federal Simone Schreiber manifestado oralmente
interesse em concorrer à eleição em tela.
Ausente,
por motivo de férias, o Desembargador Federal Poul Erik
Dyrlund.
Ausentes, justificadamente, os Desembargadores Federais Aluisio
Mendes (Vice-Presidente), Guilherme Couto de Castro, Marcello
Granado,
Alcides Martins, e Alberto Nogueira Júnior. Licenciado, o
Desembargador Federal José Antonio Neiva. ASSUNTO:
HOMENAGEM AO DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ESPIRITO SANTO –
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME CALMON:
Concluímos a pauta da sessão judicial do Tribunal
Pleno. Eram esses os dois itens da pauta de hoje. Acredito que, em
razão até da proximidade do encerramento da sessão
do Tribunal Pleno da data de hoje, vamos poder fazer uma homenagem ao
Desembargador Paulo Espirito Santo, que se despede hoje do Tribunal,
pelo menos sob o aspecto formal da composição do
Tribunal Pleno e, em seguida, do Órgão Especial. Em
nome da Presidência do Tribunal, quero – e acredito que
em nome dos Colegas todos aqui, não só de Segundo Grau,
como também de Primeiro Grau – dizer do grande
sentimento de saudade que já se inicia na data de hoje pela
aposentadoria de Vossa Excelência em data próxima. Eu já
tenho notícia de que será no dia 20 de junho. Registro
– e isso ficará consignado na ata da sessão de
hoje – os nossos respeitos, as nossas considerações
por Vossa Excelência, que vem realizando, porque ainda está
na ativa, uma jurisdição com qualidade, com eficiência,
com efetividade, sempre trazendo luzes para todos os Colegas durante
os julgamentos que tivemos e que ainda temos a oportunidade de
compartilhar em razão do órgão colegiado, que é
o Tribunal Pleno.
Eu
também gostaria de dizer que Vossa Excelência não
vai se sentir completamente isento das atribuições e
responsabilidades perante a Corte, porque Vossa Excelência será
sempre convocado aqui para poder nos brindar com sua experiência,
sua bagagem, seu conhecimento, toda a sua lucidez demonstrada durante
todo esse período de mais de 40 anos como integrante não
só do Poder Judiciário, mas das carreiras jurídicas.
Sabemos todos aqui que Vossa Excelência é ex-membro do
Ministério Público Federal − aliás,
comparando ao Ministério Público, acho que a
Magistratura teve Vossa Excelência como seu integrante por mais
tempo do que o Ministério Público. Costumo dizer que,
uma vez passando a integrar uma Corte, seja por carreira, por
promoção, ou pelo preenchimento da vaga do quinto
constitucional, todos nós nos tornamos de fato Magistrados e,
como tais, desempenhamos nossas funções a partir
daquele juramento que todos prestamos quando assumimos a nossa função
na Magistratura. Finalmente, desejo que a aposentadoria de Vossa
Excelência seja a mais saudável e bela possível,
desfrutando da companhia da sua querida esposa, a Doutora Leise, que
está aqui presente, tive a oportunidade de vê-la
adentrar o recinto. Tenho certeza de que a família vai ganhar
muito com a aposentadoria de Vossa Excelência em razão
da sua presença, da sua participação mais
próxima de todos os familiares, dos filhos; temos o exemplo do
Doutor Paulo André, que não só tem o DNA de
Vossa Excelência, mas demonstra claramente o exemplo que o pai
já vem dando há muito tempo para que ele possa também
desempenhar suas funções como Magistrado. E, sem
dúvida, na pessoa do Doutor Paulo André e, obviamente,
de todos os demais descendentes, Vossa Excelência sempre será
lembrado, sempre será aqui por nós muito bem
recomendado. Eram essas as palavras singelas que eu queria dirigir a
Vossa Excelência e dizer do sentimento de saudade que já
passamos a ter a partir de hoje, pois não teremos outra sessão
a não ser a de hoje para podermos compartilhar. Como eu disse,
Vossa Excelência se despede formalmente, mas materialmente
continuará nos acompanhando nos trabalhos da Corte, como tem
sido o costume em relação também a outros
Desembargadores. Eram essas as palavras, não sei se algum
Colega gostaria de falar. EXCELENTÍSSIMO
DESEMBARGADOR FEDERAL ANDRÉ FONTES:
Peço a palavra, Senhor Presidente. Não serei longo.
Senhor Presidente. A minha manifestação é mais
do que necessária. Na verdade, não é uma
saudação: é um agradecimento! Eu estava na
sessão como Procurador da República, no ano de 2000, e,
para a minha surpresa, aquela era uma das Turmas de maior prestígio
no Tribunal, composta pelo Desembargador Espirito Santo, pelo
Desembargador Castro Aguiar, pelo Desembargador Sérgio Feltrin
e pelo Desembargador Cruz Neto. Tratava-se de uma Turma com muito
prestígio, os votos eram debatidos amplamente. Tenho casos
inesquecíveis, que comento na universidade, e alguns foram
parar hoje nos votos do Tribunal. Numa das sessões −
lembro-me bem da situação −, o Desembargador
Espirito Santo, que era o Presidente da Turma, disse: “Vai
abrir uma Turma nova no Tribunal.” Eu falei: “Que grande
notícia! Parabéns!” Ele disse: “Você
conhece alguém interessado?” Eu falei: “Não
tenho a menor ideia.” Então ele falou: “E você?”
Eu disse: “Eu? Não, sou muito novo para vir.” E
ele falou: “Você pensa que eu vim para cá com que
idade?” E me deu uma bronca, eu levei um susto. E, naquele dia,
eu disse: “Desembargador, com todo o respeito...” –
eu estava cheio de dedos, ele era Presidente da Turma e era meu chefe
na universidade, eu era assistente dele na universidade –
“Presidente, eu vou pensar.” Ele disse: “Vai
pensar? Você vai pensar?” Eu disse: “Vou pensar,
Presidente.” Na verdade, eu estava em fuga. Eu pretendia sumir
da Turma e não aparecer tão cedo, mas um colega nosso,
o João Sérgio, estava com um problema de saúde e
me pediu para substituí-lo logo na 2ª Turma, na sessão
seguinte. Então eu compareci na 2ª Turma e, constrangido
de dizer “não” para o Desembargador Espirito
Santo, acabei falando: “Desembargador, o senhor tem razão,
eu vou fazer.” E ele disse: “Já consegui as coisas
para você, você vai se candidatar.” Resultado,
Presidente, eu não tinha outra coisa a mencionar naquele
momento a não ser aceder às observações
do Desembargador Espirito Santo, que, insistentemente, promoveu a
minha vinda para o Tribunal. E eu, que vivia no mundo da abstração
absoluta na academia, na universidade, embora eu o conhecesse de lá,
lembro-me muito bem da campanha que ele fez quando foi candidato.
Guardei, durante muitos anos, o seu manifesto de campanha para vir
para o Tribunal. Lembro-me de alguns trechos em que ele dizia: “Nunca
perdi prazo como Procurador; sempre trabalhei corretamente.” Na
época, votei nele para vir para o Tribunal e, depois, tive a
honra de tê-lo como promotor – eu diria assim – da
minha vinda para cá. Foi uma decisão difícil,
mas, depois que eu disse “sim”, não deixei de
fazê-lo e, sempre que possível, nas sessões,
sempre prestigiei o Desembargador Espirito Santo. Disse-lhe que ele
havia sido o meu grande incentivador. Neste momento, neste dia que,
curiosamente, comporta a sua despedida da atividade, não posso
deixar de registrar o meu agradecimento pela paciência que ele
teve comigo esses anos todos; quando eu cometia erros na sessão,
ele chamava a minha atenção; orientou-me para certas
coisas; muitas vezes fui ao seu gabinete perguntar a sua opinião.
Não foi uma passagem fácil do Ministério Público
para cá, foi muito difícil para mim, pois eu estava com
outra racionalidade em vista. Nesses quase 23 anos de Tribunal, para
mim foi uma grande lição.
Faço,
então, aqui o registro da minha satisfação de
tê-lo encontrado ao longo do meu caminho, por mais de uma vez,
em três lugares: no Ministério Público, na
universidade e aqui no Tribunal. Quero lhe dizer que boa parte das
perguntas que ele fazia nas provas orais, como membro da banca, eu
levava para a sala de aula para questionar os alunos, porque eram
perguntas muito semelhantes àquelas de Direito Processual que
eu fazia em sala. Ele tinha também esse paralelismo na maneira
de pensar com o que eu vinha tratando e desenvolvendo. Registro que o
Desembargador Espirito Santo, ao longo desses anos, teve o melhor
desempenho estatístico. Creio que o registro de tempo mais
longo com o menor número de processos no gabinete foi do
Desembargador Espirito Santo. Estou aqui há quase 23 anos,
hoje não é ele, mas durante mais de uma década,
pelo menos, ele era o que talvez tivesse o melhor desempenho, se é
que isso poderia ser registrado. Os votos dele, todos nós
sabemos como eram longos, analíticos, marcados por grande
discussão e, sem prejuízo da celeridade, ele conseguiu
imprimir profundidade, além de uma recepção
muito gentil e cordial às divergências que ele recebeu
nas sessões, que não foram poucas. Acho até que
ele foi uma das pessoas que marcaram o nosso registro pela
possibilidade de mudar de opinião. Quantas e quantas vezes eu
vi o Desembargador Espirito Santo mudando de opinião,
geralmente por argumento do Desembargador Athié, que acabava
convencendo os Colegas! Mas ele também convencia o
Desembargador Espirito Santo, que era mais antigo do que ele. Isso
poderia parecer pouco coerente para quem estivesse do lado de fora,
mas não, esse era o Desembargador Espirito Santo. Dessa forma,
deixo aqui a minha satisfação de poder registrar esses
momentos nunca esquecidos. Nunca deixei de lembrar cada uma das
virtudes aqui mencionadas, dentre as várias outras que, ao
longo da vida, pude testemunhar. Deixo aqui o meu abraço
afetuoso e, mais do que tudo, posso dizer que para mim foi um grande
mestre. As suas visões, as suas observações, os
seus votos em Processo Civil, que eu não ignorei e ouvi com
atenção, e eram aqueles mesmos sobre os quais, de
alguma maneira, eu também havia trilhado o caminho ao longo
dos anos. Presidente, não irei me estender, sei que todos irão
querer falar, mas seria injusto da minha parte, seria pouco elegante
da minha parte não fazer, ao menos, esses pequeníssimos
registros, deixando aqui a minha satisfação de estar
presente hoje e poder ter abraçado, logo no início da
sessão, o grandioso, o célebre Magistrado, inesquecível
Paulo Espirito Santo. Muito obrigado, Presidente.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME CALMON:
Obrigado, Desembargador André.
A
Desembargadora Vera Lúcia pediu para se manifestar. Por favor,
Desembargadora Vera.
EXCELENTÍSSIMA DESEMBARGADORA FEDERAL VERA LÚCIA LIMA:
Senhor
Presidente, nobres Colegas, Desembargadores e Desembargadoras,
Representante do Ministério Público aqui presente, eu
gostaria de fazer só uma rápida homenagem ao
Desembargador Paulo Espirito Santo, porque pude ter a honra de
acompanhar a sua trajetória profissional durante alguns anos
no Ministério Público Federal, porque vim do Ministério
Público Federal aqui para a Magistratura no quinto
constitucional e, aqui neste Tribunal, tive a honra de poder também
seguir acompanhando essa brilhante trajetória. O Doutor Paulo
sempre foi um excelente membro do Ministério Público
Federal, da Magistratura, um Magistrado e membro do MP combativo,
trabalhador, eficiente, um professor brilhante, dedicado à
família e aos seus amigos. Eu gostaria só de deixar
essa rápida homenagem a Sua Excelência e dizer que foi
um prazer, uma alegria poder compartilhar de parte dessa jornada de
sua vida com tanto brilhantismo, e também à sua
família, à Doutora Leise, às suas filhas, ao seu
filho brilhante e também um Colega nosso aqui da Magistratura,
o Doutor Paulo André.
Eu
também gostaria de dizer a Vossa Excelência que a vida
realmente é feita de ciclos. No dia 20, haverá o
encerramento de um dos ciclos de sua vida. Um avô também
excelente, dedicado. Eu não poderia esquecer esse outro lado
de Sua Excelência. Então, terminará um ciclo com
muito brilhantismo, encerrando com chave de ouro aqui nesta Corte,
pelo menos na jurisdição, e poderá ter outras
atividades ligadas à Corte e, obviamente, também haverá
o início de um novo ciclo de sua vida, que tenho certeza de
que Sua Excelência poderá viver com muita saúde,
com muita paz, muita alegria, muito sucesso ainda pela frente. Então
é a minha homenagem ao meu Colega de tanto tempo,
Desembargador Paulo Espirito Santo, e também à sua
família. Muito obrigada. EXCELENTÍSSIMO
SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON:
Desembargadora Simone Schreiber. EXCELENTÍSSIMA
DESEMBARGADORA FEDERAL SIMONE SCHREIBER: Eu
gostaria de cumprimentar o Doutor Paulo César Espirito Santo,
meu querido amigo, tive a honra e o prazer de participar da 1ª
Turma sob sua presidência. Já o admiro há muitos
anos, Doutor Paulo, e para mim foi realmente um privilégio
passar esses últimos anos com Vossa Excelência, sempre
tão gentil. Embora haja, eventualmente, divergências,
elas são sempre apresentadas com grande gentileza, e os votos
de Vossa Excelência sempre me inspiraram muito. Vou ter muita
saudade de Vossa Excelência, pode estar certo. Espero que
possamos nos encontrar por aí, como eu disse para o Doutor
Athié, nos bares da vida, que possamos continuar nos
encontrando. Também desejo toda sorte, toda felicidade nessa
nova etapa para Vossa Excelência e para a sua família.
Estou sempre por aqui. Espero que Vossa Excelência volte
sempre, nos visite, e quero sempre estar próxima de Vossa
Excelência. EXCELENTÍSSIMO
SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON:
Obrigado, Desembargadora Simone.
Desembargador
Marcus Abraham.
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL MARCUS ABRAHAM: Obrigado,
Senhor Presidente. Doutor Paulo, quero deixar registrado que Vossa
Excelência sempre foi uma referência para mim nos quase
11 anos que integro esta Corte, não apenas por seus votos, mas
pela forma, pelo comportamento e coragem de Vossa Excelência.
Tenho certeza de que o DNA de Vossa Excelência já tem a
continuidade através do Juiz Federal Paulo André. Quero
desejar toda a felicidade para Vossa Excelência nessa nova
fase.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME CALMON:
Obrigado, Desembargador Marcus Abraham. Desembargador Theophilo
Miguel.
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL THEOPHILO MIGUEL:
Obrigado,
Senhor Presidente. Ao lado de um grande homem, sempre há uma
grande mulher. E o Desembargador Paulo Espirito Santo não tem
apenas uma grande mulher, mas três grandes mulheres ao seu
lado: a Doutora Leise, Magistrada Estadual, e as suas queridas
filhas, atuantes na advocacia, Gisele e Michele. O Desembargador
Paulo Espirito Santo tem um filho, que honra a Magistratura Federal
da 2ª Região. Ele é um Desembargador que sempre
votou com o coração. Aprendi com Sua Excelência a
seguinte expressão: “falar com o coração.”
Fui aluno de Sua Excelência, em 1992, na Escola da
Magistratura, e Sua Excelência marcou, tanto a Magistratura
Federal como o Ministério Público Federal, além
de marcante atuação acadêmica. Sua Excelência
estará sempre consignando a sua emoção perante
aqueles com os quais trabalhou e para quem trabalhou. Muito obrigado.
EXCELENTÍSSIMO
SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON:
Desembargador Ferreira Neves, que está à distância.
Por favor, Desembargador.
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL FERREIRA NEVES: Senhor
Presidente, eu não teria mais a acrescentar às virtudes
tão bem acentuadas do eminente Desembargador Paulo Espirito
Santo, as quais ele leva consigo, na nossa Casa aqui, pelo menos
dentro do normal da nossa atividade. Tive a felicidade de ser
recebido neste Tribunal pelo eminente Desembargador Paulo Espirito
Santo como Presidente, que sempre teve a maior atenção
comigo, o que me deixa com saudade dos nossos encontros rápidos
na entrada do prédio, ou em outras oportunidades, sempre com
aquela suavidade, com aquela amizade que ele demonstra e que faz
parte da sua natureza.
No
meu caso, como sou o único nordestino desta Corte, eu gostaria
de pedir vênia a todos para tocar um ponto da cultura da minha
terra. Aproveito para falar o seguinte: quando uma pessoa com tantas
virtudes, com tantos atributos, deixa-nos, afasta-se de nós no
dia a dia, no cotidiano, o que fica, além da lembrança
da riqueza daquela pessoa, do seu caráter, fica a saudade. E,
quando se trata de saudade, sempre costumo lembrar dos versos de um
cantador nordestino conhecido como o menestrel da saudade. E um dos
poemas, dos cantos desse verso, da música e da fala, refere-se
justamente à questão da saudade; e me permito, com a
vênia de todos, recitar uma parte desse poema da saudade. Ele
diz o seguinte, em um determinado trecho: “Quem quiser plantar
saudade/que escalde bem a semente/procure um terreno seco/em que o
sol bate mais quente/pois se plantar no molhado/quando nascer mata
gente.” Então, é essa saudade que fica tão
forte nos nossos espíritos pela passagem aqui, pela
aposentadoria do eminente Desembargador Paulo Espirito Santo. Era
apenas isso, Senhor Presidente. Agradeço a atenção.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME CALMON:
Muito obrigado, Desembargador Ferreira Neves. Desembargador Flávio
Lucas, por favor.
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL FLÁVIO LUCAS:
Senhor
Presidente, eu também não vou me alongar, porque
estamos desejosos de ouvir o que Sua Excelência o Desembargador
Paulo Espirito Santo irá nos dizer, mas quero parabenizar
Vossa Excelência, Desembargador Paulo Espirito Santo, por toda
a sua brilhante trajetória. Tal como já disse o
Desembargador Marcus Abraham, o seu DNA vai permanecer na Justiça
Federal em altíssimo nível pelo seu filho o Juiz
Federal Paulo André, que é meu amigo pessoal e a quem
estimo muito. (TRECHO INAUDÍVEL – FALHA NA GRAVAÇÃO).
EXCELENTÍSSIMO
SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON:
Desembargador Paulo, só um instante. Vou pedir para o pessoal
do som regularizar, mas, enquanto isso, peço que coloquem no
“mudo”, se possível. EXCELENTÍSSIMO
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO
ESPIRITO SANTO: Foi
bom porque eu me acalmei mais. Eu
sei falar de improviso, já falei muito, mas prometi à
minha mulher e aos meus filhos que não ia mais falar de
improviso, porque sou muito emotivo. Estão ali as minhas
filhas e a minha neta – não é a mais velha, mas é
a segunda; temos três filhos e sete netos. Vou tentar falar o
que eu construí agora na minha cabeça. Não sabia
que ia ter essa homenagem, sinceramente, até porque a minha
Chefe de Gabinete vai fazer uma pequena homenagem no meu Gabinete;
então, eu não esperava, não sabia. Mas já
estou me acalmando. O que eu tenho para falar neste momento? Em
primeiro lugar, eu nunca me aposentei, a não ser na
universidade, que foi um outro caminho, separado deste daqui. Mas, me
aposentar no caminho que trilhei na minha vida, é a primeira
vez; então, não sei como é. A aposentadoria,
para mim – vou pedir perdão a Deus por falar isso –,
é como se eu estivesse nascendo de novo, é como se eu
estivesse saindo da barriga da minha mãe de novo. Essa é
a sensação que eu tenho. E sinto outra sensação:
é impressionante como o tempo passa rápido. É
impressionante! Aquela minha neta que está ali, que nasceu
outro dia, já tem dez anos, já é uma mocinha; e
ela não é a mais velha, eu tenho quatro mais velhos.
Então, eu fico impressionado com a rapidez do tempo, porque eu
não sabia que passava tão rápido. Hoje, quando
cheguei ao meu Gabinete, vi um retrato da minha posse – fiquei
mais ou menos ali onde está a Simone – no dia 16 de
fevereiro de 1995, ou seja, estou nesta Corte há 28 anos. É
tempo demais! E aí pensei: “Como o tempo passou rápido,
passou como um vulcão”. Isso me faz lembrar a minha
juventude, que já tem uns 500 anos, viu, Doutor? Quando eu
estava com uns oito anos – menos do que a minha neta que está
aqui –, tive uma namoradinha que acabou comigo, acabou o namoro
e eu fiquei triste – coisa de criança. Vieram os colegas
para me dar um consolo e disseram: “Você sabe qual é
a idade desse novo namorado, que ela ainda vai namorar – ela
não te traiu? Eu disse: “Não. Quanto?” Eles
disseram: “18 anos”. Eu disse: “O quê?”
Ela tinha uns dez anos. Falei: “Não pode ser! É
muito velho pra ela.” Eu comecei a descobrir que o tempo estava
passando muito rápido quando eu cheguei aos 18 e comecei a
achar que o indivíduo que tinha 30 estava com a idade muito
avançada. “Nossa, 30 anos!” Daí, quando eu
fiz 30 anos, os de 40 estavam com a idade avançada, e assim
por diante. Eu nunca pensei, na minha vida, em fazer – como
farei agora – 75 anos, e nunca pensei na aposentadoria do
Tribunal. Não que eu quisesse ficar eternamente aqui; pelo
contrário, eu estava para sair com 70 anos. É que eu
não pensava nisso, essas coisas não vinham na minha
cabeça. Agora estou sentindo isso. Não é um
momento triste, eu não chorei por isso, não vou chorar
– aqui é pela emoção de falar, de ver a
minha mulher, minhas netas, os Colegas queridos que falaram de mim.
Quando ele começou a falar, já veio uma vontade e eu
não sei como faço.
Quando
tomei posse aqui, na hora que eu falei o nome da minha mulher, pronto
– ali onde está a Simone sentada; o Tribunal ia até
ali, tinha 14 Membros, e eu era o último, hoje não tem
mais ninguém daquela época –, eu dei de chorar.
Isso é um absurdo, porque eu fui Professor por 33 anos e não
chorava perante os alunos, mas eu choro quando alguma coisa vem ao
encontro da minha emoção, e hoje está sendo um
dia de muita emoção para mim. Estou muito feliz de ter
cumprido a minha obrigação, de ter cumprido o meu
dever, de ter feito aquilo que eu deveria fazer. Eu só me
tornei Desembargador – o meu concurso foi do Ministério
Público, e não se trata de demagogia religiosa –
pela vontade de Deus. Pela vontade dEle eu me sentei na cadeira.
Então, pensei: “Nesta cadeira eu não vou errar,
não vou atrasar, não vou fazer nada que deponha contra
a instituição e indiretamente contra os meus eminentes
Colegas”, que são como eu, e muitos são muito
mais. A tristeza que me bate no coração não é
porque vou me aposentar, mas porque eu gosto muito do Tribunal. Fui
Presidente do Tribunal de 2009 a 2011. Uma coisa que me chamou a
atenção ao longo desse período de vida que estou
aqui, 28 anos – estive por 13 anos no MP e eu poderia dizer que
o MP é irmanado ao Tribunal, e seriam 41 anos –, e que
me prende muito, fico emocionado, é a amizade que tive com
todos e com cada um dos meus eminentes Colegas. Nunca briguei com
ninguém, nunca fiz nada contra ninguém, enfim, também
cumpri essa parte, porque. no Colegiado. é muito importante a
pessoa preservar a paz. E a paz foi o grande mote – pelo menos
na minha religião, e na maioria da religiões – de
Jesus Cristo. Então, tenho uma visão de que o Colegiado
deveria ser leve, porque ninguém é igual ao outro, cada
um tem uma forma de ser, cada um tem uma personalidade. Estou aqui há
mais da metade da minha vida. Eu praticamente não tirava
férias, dedicado, fiquei muitos anos... Nenhuma vaidade, nunca
falei para ninguém “Eu sou o mais...” Se algum dia
eu falei, diga-me, Senhor Presidente. Nunca falei, nunca escrevi
isso. Era para a minha satisfação, para a satisfação
dos jurisdicionados, porque os jurisdicionados não merecem um
Judiciário demorado, que não é o nosso caso. O
Judiciário da 2ª Região é muito bom. O
sujeito que entra na Justiça e fica anos com a ação
sofre muito. Eu aprendi a não fazer para o meu semelhante
aquilo que eu não quero que façam para mim. E, andando
o mais rápido possível, às vezes erra-se um
pouco mais, porque rápido pode-se errar um pouco mais. Mas o
meu jeito é esse. Sinceramente, nunca tive essa vaidade. Saio
com o dever cumprido. Mas eu ainda não saí! Hoje de
manhã despachei todos os processos que estavam no meu
computador de casa. “Ué, mas o senhor vive trabalhando!”
Eu disse: “E vou fazer amanhã, vou fazer domingo, porque
só saio terça-feira”. Então, faço
isso não para ser um sujeito produtivo, mas porque acho que o
jurisdicionado não merece que se leve muito tempo com os
processos. Mas, cá entre nós, às vezes, o Juiz
sofre! O Juiz trabalha, trabalha, e não consegue botar o
trabalho em dia, porque é muito trabalho para um homem só,
para uma mulher só. Assistia à minha mulher em casa
cotidianamente trabalhar muito. Ela também se aposentou. Há
uma passagem engraçada, Presidente. Eu falava para todo mundo
– era uma brincadeira – que eu era cinco anos mais velho
que ela. Nós temos a mesma idade. Quando ela se aposentou,
eles, que me conheciam lá, passavam no corredor e me
perguntavam: “Sua mulher se aposentou?”. Eu dizia:
“Aposentou-se agora, em outubro”. “Mas você
não disse que era cinco anos mais velho que ela? Você
está na ativa por quê?” “Não, você
não entendeu.” Conheço muita gente lá, não
só por ela, mas também pela Faculdade dela, pela Escola
da Magistratura. Então, pensei assim: “O que vou falar?
Meu Deus, que mentira!” Eu falei assim: “Veja, vocês
não entenderam. Eu só sou cinco anos mais velho do que
ela de espírito”. “Ah, bom! Agora, saiu-se bem!”
Então, convivi com uma mulher maravilhosa, que teve a mesma
profissão que eu. O meu filho é outro que sempre seguiu
a minha linha, e muito mais: ele é um sujeito altamente
responsável, altamente estudioso. Chega a dar dó de
tanta responsabilidade, tanta cultura que ele tem. É um
espetáculo de menino! Eu o chamo de “menino”, mas
ele fez 48 anos. Já pedi para o Paulo André parar de
fazer aniversário: “Para de fazer aniversário,
menino! Porque você faz aniversário aí e eu faço
aqui!” “Eu não posso parar, pai. Como é que
vou parar?” “Faz para trás!” E as minhas
filhas também têm essa mesma virtude de serem pessoas
trabalhadeiras. Eu tenho uma filha Advogada. É uma grande
Advogada, que é a do meio. Tenho outra filha, que é
muito competente, muito trabalhadeira, muito amiga. A minha outra
filha é muito trabalhadeira, muito responsável. Enfim,
eu só tive o que Deus me deu, e Ele me deu muito mais coisa do
que eu merecia. Hoje, um funcionário que era da Presidência
foi falar comigo: “Ah, o senhor vai se aposentar, meu Deus do
Céu! Como é que vou viver sem a sua presença?”
Eu disse: “Olha aqui, todas as minhas qualidades, se é
que as tenho – o bom humor, a amizade, o não
preconceito, porque eu não tenho preconceito de nada na vida
–, sabe quem me deu? Foi o Pai, foi Deus, não foi de
sponte
propria
minha. Ele que me deu tudo! E eu agradeço a Ele todos os dias
por isso”. Vou encerrar, porque já está meio
longo. Tenho aquele meu nervosismo, mas depois eu vou embora. Vocês
já me conhecem pelos meus votos. Agora eu não estou
mais nervoso, não. Então, eu gostaria de agradecer a
todos. Muito obrigado por esta homenagem, da qual eu não
sabia, senão eu teria escrito alguma coisa, o que seria pior,
porque, se eu escrevesse, eu iria demorar mais. Então, fiz do
coração, tem um valor muito grande. Foi a Gisele que
chegou ali agora? Eu já falei bem de você e da minha
neta. Disse que você é uma filha primorosa também.
Acho que ela deu uma saída. Quando eu olhei para ela, ela não
estava, quem estava era só a Michele. Então, é
isto: tudo o que eu tenho na vida, tudo o que eu consegui, não
foi para mim, foi para eles, e Deus foi quem me deu! Entendeu? E os
amigos aqui são amigos muito bons. A todos que falaram,
obrigado por tudo, não precisavam ter falado. Às vezes,
a pessoa tem um esforço, porque não escreveu, mas eu
tenho mais, pensei: “Meus Deus, será que vou ter que
falar alguma coisa?” Por causa da emoção. Alguém
falou aqui, foi a Vera. Quando ela se formou − foi minha aluna
–, o Monte Líbano estava cheio, não sei quantas
pessoas cabem ali, não sei. Até fui convidado a entrar
em um partido político, na época. Eu era o Diretor da
Faculdade, então subi para falar. Mas eu subi sem o papel, não
tinha papel nenhum. O pessoal ficou olhando, eu disse: “Não
fiquem preocupados porque não vou falar muito, até
porque não escrevi.” Eu era o paraninfo da turma. Não
sei quem falou − foi o Doutor Theophilo. Eu falava isso e falei
isso na posse dela. Eu cheguei, fiquei em pé no Monte Líbano
e disse assim: “Eu não trouxe nada escrito, não
sei o que vou falar. Mas tem alguém aqui que sabe. Sabem quem
é? O Pai!” Abri o paletó e falei: “Fala,
coração, que está sendo dominado pelo meu Pai.”
E eu fiz um discurso de uma hora e meia. Ele falando, eu transmitia.
Eu falava isso mesmo. Nos meus votos − não é,
Doutor Theophilo? −, quando eu não sabia, porque eu
sempre votei muito de improviso, eu dizia: “Vou votar com o
coração. Não
vou
votar por nada; coração, meu coração
fala.” E isso criou essa marca em mim, eu não fazia para
ter marca, mas isso criou essa marca em mim.
Eu
queria encerrar agradecendo a todos. Fiquei muito feliz com as
palavras dos meus eminentes Colegas, com a palavra da minha mulher,
muito feliz com o Doutor Guilherme Calmon, que é um
companheiro meu – primeiro, é meu vizinho, segundo, é
companhia de igreja de anos; nós nos desencontramos por causa
dos horários, na Igreja Santa Margarida Maria, aos domingos.
Muito obrigado pela sua gentileza de ter chamado a minha mulher. E
muito obrigado, Doutora Leise Espirito Santo, falou maravilhosamente,
parecia uma Senadora da República. Então, agradeço
a todos e a cada um, e desejo que Deus dê a cada um dos
senhores tudo o que ele me deu. Proteja a todos e a cada um, proteja
a Andréa, que trabalhou como estagiária, há
quantos anos atrás, hoje é Desembargadora, daqui a
pouco vai ser Ministra do STJ ou do Supremo. Tenho certeza, porque
merece. Se tem uma pessoa na vida para quem peço, é
Vossa Excelência, Doutora. Vossa Excelência é uma
pessoa muito jovem, aparentemente frágil – não é,
mas que carece de um acompanhamento de Deus na sua trajetória.
Muito obrigado a todos, e me desculpem se falei demais. A culpa foi
exatamente da minha emoção; eu tenho uma técnica
para sair disso, que me ensinaram. Eu saio e pronto, vou embora. Uma
boa tarde para todos. Vou renascer, não sei o que vou fazer
ainda, mas de uma coisa tenho certeza: todos aqui são muito
jovens, isso vai demorar a chegar; a gente pensa que nunca chega: “Eu
não vou fazer 70, eu não fazer 75...” Chega para
todos! Eu tenho muito livro para ler, vou ler muito. Vou até
fazer uma pequena cirurgia na vista, de catarata, para poder ler
bastante; vou fazer mais exercício, porque a minha mulher
reclama que eu não faço. Obrigado a todos, que Deus
ilumine a todos e a cada um. Obrigado, Presidente! Muito obrigado!
(Aplausos) EXCELENTÍSSIMO
SENHOR PRESIDENTE, DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME CALMON:
Como eu já havia antecipado, Desembargador Paulo César,
Vossa Excelência não nos deixará; irá
continuar conosco. Só retificando o horário,
Desembargadora Leticia, às 9h do dia 30 de junho, teremos o
café com os aposentados. Então, Vossa Excelência
já está intimado para estar aqui no dia 30 de junho, às
9h. Antes de encerrar, eu gostaria de convidar todos os
Desembargadores e Desembargadoras para que possamos tirar uma foto do
encerramento desta sessão com o nosso Desembargador Decano, o
Desembargador Paulo César que, desde 2012, ocupa a posição
de Decano aqui neste Tribunal. Deixará muita saudade.
Obviamente, a Desembargadora Vera vai agora sucedê-lo na
decania aqui do Tribunal, mas tenho certeza de que o exemplo de Vossa
Excelência nesses 11 anos como Decano ficará para sempre
nas nossas mentes e nos nossos corações. Muito
obrigado, Desembargador Paulo César Espirito Santo.
Nada mais havendo, foi encerrada a sessão, às catorze
horas e quarenta e seis minutos. Eu, Dely Barbosa Derze, Diretora da
Secretaria do Tribunal Pleno, Órgão Especial e Seções
Especializadas, lavrei a presente Ata, que vai assinada pelo Exmo.
Sr. Presidente.
Desembargador
Federal Guilherme Calmon
Presidente
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